Radio Poder Popular

sexta-feira, 15 de junho de 2012

José Montenegro de Lima

Militante do PARTIDO COMUNISTA BRASILEIRO (PCB) Nasceu em 1948, no Ceará. Desaparecido desde 1975 quando contava 27anos. Estudante e membro da diretoria da União Nacional dos Estudantes Técnicos Industriais (UNETI). Foi preso em 29 de setembro de 1975. Consta que teria sido visto no DOI-CODI, conforme denúncia do deputado Laerte Vieira. No livro “Brasil Nunca Mais”, à pág. 265, há a seguinte informação sobre José: “pesquisador de mercado, foi preso em 29 de setembro de 1975, em sua residência no bairro da Bela Vista (SP) por quatro agentes policiais e teve como testemunhas alguns de seus vizinhos (...) Posteriormente, Genivaldo Matias da Silva, em interrogatório judicial, assegurou ter visto José detido nas dependências do DOI-CODI/SP.” O Relatório do Ministério da Marinha diz que “foi preso em 30 de setembro de 1975”. Trechos do livro “Desaparecidos Políticos”: “Desde cedo Montenegro teve contato com os problemas econômicos e sociais de sua terra e sua gente. Criado no interior, ao lado da seca e demais flagelos, foi mais tarde estudar em Fortaleza, pois queria ser um técnico de nível médio. Na escola secundária inicia os seus primeiros contatos com as idéias políticas de progresso e liberdade e começa a tomar consciência das mazelas políticas e da elitizante estrutura educacional. Montenegro continuou tendo vida legal logo após 1964 , mas não deixou de ser perseguido. Foi indiciado no IPM da UNE, que envolveu mais de mil estudantes. As dificuldades de trabalho e estudo cedo começaram a se manifestar e, aos poucos, “Monte” foi obrigado a viver refugiado dentro de seu próprio país, pois considerava legítimo o direito de manifestar-se politicamente como qualquer cidadão. Nos anos mais duros da ditadura, em especial a partir de 1969, Montenegro viveu clandestinamente, única forma encontrada de manifestar sua oposição ao regime de opressão. Viajou, morou em diversos estados, perambulou pelo Brasil afora. Apesar das dificuldades nunca perdera a esportividade. Podia ser encontrado por velhos amigos nas ruas de São Paulo ou Rio de Janeiro, assim como pulava atrás do trio elétrico em pleno carnaval da Bahia em 1974.” Ainda segundo este livro, Montenegro, ao ser preso, foi levado diretamente a um sítio clandestino da repressão, e daí para frente não se teve mais notícias dele.

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